Estórias de Ferreira

Chamo-me Rui Antunes, sou de Ferreira do Zêzere e gosto de estórias... reais ou imaginárias, estórias da vida, de sucessos ou insucessos, prometo partilhar as minhas, espero pelas vossas...

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Localização: Odivelas

20.12.08

Da minha janela


Esta é a imagem do por do sol da minha janela de Maputo... 2009 vai ser com toda a certeza um ano diferente!



1.12.08

Maputo, Migalhas e Migalhães

Pois é, cá estou eu outra vez na África Austral... muitas nuvens mas muito calor também, está uma noite agradável lá fora, isto só para fazer um pouco de inveja a quem está a bater o dente de frio em Portugal :)
Nesta viagem que me trouxe a Maputo, tive a encomenda de dois exemplares do Magalhães que um dos clientes que me trouxe cá fez questão que eu trouxesse para oferecer aos filhotes, umas máquinas giras, bastante funcionais que se revelaram um autêntico sucesso talvez por culpa do marketing governamental mas que sem dúvida tem dado os seus frutos.
A razão de ser de escrever este post tem também a ver com algo insólito, aquelas coisas que têm tendência para me acontecer a mim, não sei porquê.
Ao sentar-me no meu lugar estava longe de imaginar que ia ter como companheiras de viagem duas irmãs freiras de uma congregação aqui de Maputo, isso dá até alguma confiança de que nada de mal nos vai acontecer até porque elas vinham munidas de alguns santos e no banco da frente vinham dois padres...bem guardado portanto.
O avião lá arrancou já com meia hora de atrazo (é da praxe) e eu saquei do livro do Manel Quelha, "Migalhas", para ir matando o tempo a ler e reler algumas das suas histórias de vida, algumas delas bastante inspiradoras, estou a lembrar-me por exemplo do relato da sua viagem a Cabo Verde e outras peregrinações que o Manel tem feito por alguns santuários da europa.
A meio da viagem uma das irmãs pediu-me para ler uma revista que eu tinha levantado no aeroporto e que eu gentilmente cedi, aproveitei a deixa e emprestei as "Migalhas" à outra irmã que também queria qualquer coisa para ler.
Foi extraordinária a forma como as irmãs devoraram o livro, uma delas perguntou-me se conseguiria comprar um exemplar aqui em Maputo, ao que eu lhe respondi que não seria possível porque o livro tinha sido escrito por um amigo e que não estaria à venda por aqui.
Não terminou a viagem sem que elas me voltassem a perguntar se não seria possível arranjar um exemplar, fiquei surpreendido, sinceramente é extraordinário como o Manel de forma tão simples consegue chamar a atenção das pessoas e mobilizá-las, mesmo através das linhas de um simples livro, é realmente um dom e isso é coisa que nem todos têm!
Assim não me restou alternativa sem ser entrar em contacto com o Manel Quelha para conseguir dois exemplares para trazer em Janeiro para estas irmãs que de uma forma tão inesperada se cruzaram comigo nesta viagem para Maputo.