Os Carifas
O Carlos Carifas, leitor assidúo deste blog resolveu lançar um repto aos frequentadores deste blog para que deixem aqui a história das alcunhas das suas familias, a da minha é os "Resineiros" porque essa era a profissão do meu avô Joaquim "Resineiro" da Levada.
A foto é do brazão dos Cotrins e da casa que foi o primeiro dos solares dos Cotrins, onde morou Fidalgo Lopo Martim Canas Cotrim, de quem descendem provavelmente 90% dos Cotrins que hoje existem em todo mundo. Esta casa é propriedade do meu tio Manel e está situada perto do cemitério de Paio Mendes.
Fica aqui a história dos Carifas :
OS CARIFAS
Todas as alcunhas têm uma história que as fez "colar" aos destinatários.
Esta, que haveria de generalizar-se a vários ramos familiares dos Nunes, foi obtida nas seguintes circunstâncias:
Joaquim Carifas, ou melhor, Joaquim Nunes,já falecido em 1967, foi o primeiro titular desta alcunha.
Andando ele a trabalhar numa serruba na zona da Azenha Regal, (perto do Casal da Mata) com cerca de dezassete anos, foi protagonista de um episódio que o rotulou para o resto da vida.
Naquele tempo era hábito os familiares irem levar o jantar pelas 13h30 (hora solar) ao local onde os homens se encontravam a trabalhar, geralmente pelas suas mulheres, quando eram casados, ou pelos irmãos ou mesmo pelos filhos, levado em cesta de vime.
Um rapazote, filho de um seu companheiro de trabalho fora levar o jantar a seu pai.
Enquanto decorria a refeição à sombra de um carvalho próximo da cava o rapaz entretinha-se a brincar na vala da serruba. Sentindo uma repentina dor de barriga, baixou as calças e "aliviou-se" do desconforto, defecando ali mesmo.
O Joaquim Nunes, rapaz fogoso e brincalhão que se apercebera dos movimentos do miúdo, foi, sorrateiramente até à cava, enquanto decorria a sesta e esfregou o cabo da enxada do pai do moço aos dejectos que ele lá deixara, colocando-a novamente na posição em que estava antes.
Acabada a sesta, o pobre homem, dono da enxada, regressou à cava com os restantes companheiros. Ao agarrar-se ao cabo sentiu nas mãos o efeito desagradável da brincadeira que lhe fizeram.
Refeito da surpresa e suspeitando de quem seria o autor de tamanha malandrice, exclamou, virando-se para o Joaquim Nunes: AH!!! MEU CARIFAS!!!.
Foi como um baptismo, que a gargalhada de todos os companheiros de trabalho ajudou a perpetuar. Até ao fim dos seus dias ficou sempre conhecido por Joaquim Carifas. O seu irmão e as quatro irmãs ficaram igualmente alcunhados deste nome.
O termo Carifas caracteriza aquele que é malandreco, brincalhão, gozão, divertido.
Joaquim Carifas, casou, teve 6 filhos e manteve até a sua morte esta designação a que deu alguma respeitabilidade e de cujo tratamento não enjeitava, tal como os descendentes que ainda hoje assim são tratados e o não refutam por noção de algum prestígio que carrega. Esta aceitação, dever-se-à, julga-se, ao comportamento de uma vida respeitável, dele e de toda a restante família, desenvolvida no clima de dureza e dificuldades que eram próprias da época.
Das suas irmãs, a que adoptou e propagou, mais vincadamente este nome, quer nos filhos, quer nos netos, foi a tia Maria Carifas, das Besteiras, onde prolifera em quase todos os membros da família. Nas restantes irmãs o nome diluiu-se na alcunha dos próprios maridos. "Os Mochilas" (Maria Emília) "Os Manganazes" (Maria Elvira) e os "Génios" (Conceição do Génio).
CARLOS CARIFAS
Todas as alcunhas têm uma história que as fez "colar" aos destinatários.
Esta, que haveria de generalizar-se a vários ramos familiares dos Nunes, foi obtida nas seguintes circunstâncias:
Joaquim Carifas, ou melhor, Joaquim Nunes,já falecido em 1967, foi o primeiro titular desta alcunha.
Andando ele a trabalhar numa serruba na zona da Azenha Regal, (perto do Casal da Mata) com cerca de dezassete anos, foi protagonista de um episódio que o rotulou para o resto da vida.
Naquele tempo era hábito os familiares irem levar o jantar pelas 13h30 (hora solar) ao local onde os homens se encontravam a trabalhar, geralmente pelas suas mulheres, quando eram casados, ou pelos irmãos ou mesmo pelos filhos, levado em cesta de vime.
Um rapazote, filho de um seu companheiro de trabalho fora levar o jantar a seu pai.
Enquanto decorria a refeição à sombra de um carvalho próximo da cava o rapaz entretinha-se a brincar na vala da serruba. Sentindo uma repentina dor de barriga, baixou as calças e "aliviou-se" do desconforto, defecando ali mesmo.
O Joaquim Nunes, rapaz fogoso e brincalhão que se apercebera dos movimentos do miúdo, foi, sorrateiramente até à cava, enquanto decorria a sesta e esfregou o cabo da enxada do pai do moço aos dejectos que ele lá deixara, colocando-a novamente na posição em que estava antes.
Acabada a sesta, o pobre homem, dono da enxada, regressou à cava com os restantes companheiros. Ao agarrar-se ao cabo sentiu nas mãos o efeito desagradável da brincadeira que lhe fizeram.
Refeito da surpresa e suspeitando de quem seria o autor de tamanha malandrice, exclamou, virando-se para o Joaquim Nunes: AH!!! MEU CARIFAS!!!.
Foi como um baptismo, que a gargalhada de todos os companheiros de trabalho ajudou a perpetuar. Até ao fim dos seus dias ficou sempre conhecido por Joaquim Carifas. O seu irmão e as quatro irmãs ficaram igualmente alcunhados deste nome.
O termo Carifas caracteriza aquele que é malandreco, brincalhão, gozão, divertido.
Joaquim Carifas, casou, teve 6 filhos e manteve até a sua morte esta designação a que deu alguma respeitabilidade e de cujo tratamento não enjeitava, tal como os descendentes que ainda hoje assim são tratados e o não refutam por noção de algum prestígio que carrega. Esta aceitação, dever-se-à, julga-se, ao comportamento de uma vida respeitável, dele e de toda a restante família, desenvolvida no clima de dureza e dificuldades que eram próprias da época.
Das suas irmãs, a que adoptou e propagou, mais vincadamente este nome, quer nos filhos, quer nos netos, foi a tia Maria Carifas, das Besteiras, onde prolifera em quase todos os membros da família. Nas restantes irmãs o nome diluiu-se na alcunha dos próprios maridos. "Os Mochilas" (Maria Emília) "Os Manganazes" (Maria Elvira) e os "Génios" (Conceição do Génio).
CARLOS CARIFAS
4 Comments:
Obrigado!
è o que tenho a dizer....a final sou um carifas....mas nunca soube como essa alcunha tinha surgido, já tinha ouvido essa "estória" ao meu pai, João Manganás, mas nunca com essa explicação.
Agradeço mais uma vez, talvez possa agradecer pessoalmente no próximo almoço dos Carifas!
um abraço João Miguel Silva.
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o que eu estava procurando, obrigado
Boa tarde, tenho andado a fazer a pesquisa genealógica da minha família cuja parte paterna vem de Ferreira do Zêzere, de modo que tenho diversos apelidos locais na família, a maioria são apelidos comuns como o Dias (que quando saíram de Ferreira passaram a Dias Ferreira - o meu apelido actual), também tenho antepassados Cotrim, Mouga, Freire ou Heitor. Se quiser pode ir vendo alguns desses nomes no blog onde estou, por uma questão de organização pessoal (e pode ser que ajude alguém), a colocar essa informação. http://apontamentosgenealogicos.blogspot.pt/
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