Os novos colonizadores
Confesso que foi com alguma surpresa que ontem ao fazer um zapping pela televisão, vi na imagem a presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, convidada do programa da Fátima Campos Ferreira, que esta semana tinha como tema “os novos colonizadores”. Habituado a ver estes programas quase sempre com convidados de determinadas elites culturais e políticas, estava longe de imaginar que a Irene Barata teria a ousadia de “colonizar” a televisão estatal, mas a verdade é o conseguiu e muito bem.
Foi afinal a ousadia de trazer 6 brasileiros de Maringá para Vila de Rei o pretexto para a sua presença e para a abertura de uma discussão acerca das vantagens e desvantagens desta nova forma de repovoamento do interior, uma discussão que se tem vindo a gerar nos meios de comunicação nacionais desencadeada por esta iniciativa.
Foi a pensar no porquê de tanto alarido que me veio à memória aquilo que uma vez ouvi num curso de jornalismo, a noticia não é o cão que morde num homem, é sim quando um homem morde num cão e vendo bem foi isto que a Irene Barata fez, com esta pedrada no charco.
Conheço à largos anos o trabalho desta autarca, já tive o prazer de a entrevistar para a rádio e desde o primeiro momento sempre achei que era uma mulher com garra, com vontade de lutar contra as adversidades. Conseguiu sensibilizar o poder político para a necessidade de uma variante que permitiu colocar Vila de Rei a dois passos de Abrantes, criou zonas industriais com condições de alojamento muito boas, desenvolveu o turismo, criando programas de actividades e roteiros extremamente interessantes que motivaram o algumas empresas de desportos radicais e outdoor a fazerem programas regulares na região, apoia casais jovens a fixarem-se com a construção de loteamentos com infra-estruturas com venda a preços muito razoáveis, criou um museu de artes e oficios na vila e menos de uma ano depois inaugura o museu da Geodesia junto ao marco geodésico, etc... etc... . Conhecendo todo este percurso não estranhei nem um pouco a ideia de fazer um protocolo para a captação de famílias brasileiras.
Trabalhando eu na zona de Lisboa, convivo diariamente com centenas de imigrantes brasileiros, estão em todo o lado, nos restaurantes, nas lojas, pendurados no “orelhão” (cabine telefónica) a matar saudades. Conhecendo esta realidade acabo por não perceber muito bem o porquê de tanta agitação só porque esta autarca se lembrou de abrir a porta a uns quantos para se fixarem no seu concelho, ainda por cima com condições e regras bem definidas coisa que não acontece na generalidade dos casos de emigração.
Não sei se os imigrantes vão ser um sucesso a médio/longo prazo para Vila de Rei, mas para já a Irene Barata já tem a sua aposta ganha, conseguiu dar ao seu concelho uma visibilidade e uma publicidade muito além das suas fronteiras geográficas e quem sabe com esta “operação de charme” não terá atraído mais uma mão cheia de empresários e famílias a estabelecerem-se por lá. Como disse o Dr. António Vitorino ,que até nem é da sua cor política, “continue Irene porque vai no bom caminho”!
Foi afinal a ousadia de trazer 6 brasileiros de Maringá para Vila de Rei o pretexto para a sua presença e para a abertura de uma discussão acerca das vantagens e desvantagens desta nova forma de repovoamento do interior, uma discussão que se tem vindo a gerar nos meios de comunicação nacionais desencadeada por esta iniciativa.
Foi a pensar no porquê de tanto alarido que me veio à memória aquilo que uma vez ouvi num curso de jornalismo, a noticia não é o cão que morde num homem, é sim quando um homem morde num cão e vendo bem foi isto que a Irene Barata fez, com esta pedrada no charco.
Conheço à largos anos o trabalho desta autarca, já tive o prazer de a entrevistar para a rádio e desde o primeiro momento sempre achei que era uma mulher com garra, com vontade de lutar contra as adversidades. Conseguiu sensibilizar o poder político para a necessidade de uma variante que permitiu colocar Vila de Rei a dois passos de Abrantes, criou zonas industriais com condições de alojamento muito boas, desenvolveu o turismo, criando programas de actividades e roteiros extremamente interessantes que motivaram o algumas empresas de desportos radicais e outdoor a fazerem programas regulares na região, apoia casais jovens a fixarem-se com a construção de loteamentos com infra-estruturas com venda a preços muito razoáveis, criou um museu de artes e oficios na vila e menos de uma ano depois inaugura o museu da Geodesia junto ao marco geodésico, etc... etc... . Conhecendo todo este percurso não estranhei nem um pouco a ideia de fazer um protocolo para a captação de famílias brasileiras.
Trabalhando eu na zona de Lisboa, convivo diariamente com centenas de imigrantes brasileiros, estão em todo o lado, nos restaurantes, nas lojas, pendurados no “orelhão” (cabine telefónica) a matar saudades. Conhecendo esta realidade acabo por não perceber muito bem o porquê de tanta agitação só porque esta autarca se lembrou de abrir a porta a uns quantos para se fixarem no seu concelho, ainda por cima com condições e regras bem definidas coisa que não acontece na generalidade dos casos de emigração.
Não sei se os imigrantes vão ser um sucesso a médio/longo prazo para Vila de Rei, mas para já a Irene Barata já tem a sua aposta ganha, conseguiu dar ao seu concelho uma visibilidade e uma publicidade muito além das suas fronteiras geográficas e quem sabe com esta “operação de charme” não terá atraído mais uma mão cheia de empresários e famílias a estabelecerem-se por lá. Como disse o Dr. António Vitorino ,que até nem é da sua cor política, “continue Irene porque vai no bom caminho”!
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