Estórias de Ferreira

Chamo-me Rui Antunes, sou de Ferreira do Zêzere e gosto de estórias... reais ou imaginárias, estórias da vida, de sucessos ou insucessos, prometo partilhar as minhas, espero pelas vossas...

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30.3.06

A Rádio Sarrafo


Já conheço à largos anos o Prof. Lopes Carraço, homem que apesar de ter as suas origens na zona do Pêgo, Abrantes, acabou por se fixar em Ferreira do Zêzere onde têm estado sempre mais ou menos activo ligado a vários organismos do concelho.

Vi pela primeira vez o professor Carraço na escola primária de Paio Mendes, andaria eu aí na 3ª ou 4ª classe quando uma visita inesperada invadiu a sala de aula e lá entrou o professor, com umas caixas que se transformaram numa máquina de projecção e diga-se que deverá ter sido a minha estreia a ver uma curta metragem de cinema.

Voltei a ter contacto com ele mais tarde, quando fui para a rádio, ele também amante do jornalismo também dava ao “lamiré” ao microfone, foi talvez nessa altura que ouvi pela primeira vez da sua boca o termo “Rádio Sarrafo”, termo que ouvi inúmeras vezes quase sempre que falava com ele sobre a rádio.

A origem do termo eu não sei qual é mas tenho três teorias :

A primeira é que foi devido à rádio na altura funcionar quase dentro da serração do Sr. Azevedo, é verdade, funcionava no sotão da casa dele. A porta de entrada para o estúdio, cujo acesso era feito por uma escada exterior, era virada justamente para a serração, claro que era preciso ter o cuidado de a fechar porque senão lá entrava pelo microfone o som das serras que estavam a desfiar a madeira, o roncar do tractor que transportava os pesados madeiros de pinho ou a sirene que marcava o inicio ou o fim dos trabalhos e em dias de vento era muito natural levar com a serradura em cima quando se subia ou descia a escada.

A segunda teoria é que as instalações da rádio eram todas forradas a madeira, o que dava um aspecto muito aconchegante, talvez tenha sido o facto de ter o estúdio forrado a “sarrafos” que deu origem à dita alcunha.

A minha última teoria é que foi por causa da música que a malta passava, estávamos em plenos anos 80 onde a magia do discosound era uma realidade e talvez pelas características da música e do ritmo, os mais velhos terão começado a comparar esses novos sons ao som que tem uma serração em funcionamento, esta talvez seja outra das origens do nome “Rádio Sarrafo”.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Meu caro Rui
Quanto eo "sarrafo" aqui vai a descrição do que sucedeu. Os meus filhos Filipe e Pedro como sabes fizeram ràdio e eu também embora de forma humilde.Bons tempos em que a amizade existia entre novos e velhos. No programa " Jovem para jovem", do Filipe, um dia ele pediu-me ajuda. Ao entrar no sótão do senhor Américo que, com a família lá nos aturava, caí para cima da mesa que suportava todo o equipamento e a perna do móvel partiu-se, Situação caricata. O Filipe a segurar tudo aquilo sem poder largar e eu à porta do sótão, com uns cabos na mão a chamar o senhor Bastos, guarda da empresa, e a pedir-lhe que me desse uma madeira para resolver a situação. Eu bem gritava, mas,. o barulho da serração não deixava ouvir e...tanto berrei que o homem lá me ouvir e disse-me:
O que vicê quer não é uma madeira é um S A R R A F O, isso é a Rádio Sarrafo. Foi a partir daí que o nome ficou.
Lopes Carraço - um abraço.

Uma estória para o futuro livro do Rui Antunes:

Era eu vereador na Câmara de Ferreira do Zêzere e o engenheiro Mira Amaral era Ministro da Indústria. Vinha entrar pela freguesis de Châos, vindo de Ourém e vinha inaugurar a Feira de S.Miguel ( onde dei muito de mim. outros tempos). Esbaforido chega-me ao gabinete, no velho edifício da Câmara, o comum amigo Manel da Quellha e sem sequer bater à porta, entra e senta-se numa velha cadeira e dispara: amigo professor, exijo uma entrevista com o Ministro em directo e em exclusivo assim que ele chegar aos Chãos, hoje vou pôr tudo em reboliço e vou bater os "gajos" da Televisão ( era assim o Quelha). Acertadas as estratégias diz-me ele: atenção há uma coisa e a...qui é que sde vê que temos de ter um carro de reportagem. A minha viatura está avariada e eu vou levar a sua carrinha ( uma velha Toyota Corolla). Fiquei boquiaberto com a força do Manel. Ele fazia gestos com a cabeça, sentava-se, levantava-se, trtava-me umas vezes por tu outras por você. Um espanto. Lá levou a carrinha. Meio dia é para se estar nos Chãos. Combinado. Exijo um exclusivo, um exclusivo. Ía-me dizendo em tom de ameaça.Chega então o Monistro aos Chãos eram 11 e 50. Cumprimentos. Todos engravatados, alinhados ao lado do senhor Teixeira, presidente da Câmara e então comecei a ficar aflitopois, tinhs pedido ao segurança que um jovem da rádio vinha entrevistar em rigoroso exclusivo o Senhor Ministro e Manel da Quelha nem sombra. Visita à junta de freguesia e eu sempre olhando para a estrada. Quase terminados os discursos avistei o Manel, a pé, ainda ao longe, com duas garrafas na mão, a gesticular imenso e chegando-se disse:
- Só comigo, são bruchas, faltou-me a gasolina e já venho a pé ... por favor. Lá foi alguem que não me lembro buscar o equipamento e o Manel fez o trabalho embora tardiamente.Não sei quem contou ao Ministro o que sei foi que achou imensa piada.
Qualquer conto outra que se passou comigo e com o Manel, numa outra entrevista feita no Trízio a um senhor padre que acampava com os escuteiros.
Há tempos que ando para organizar com a Cristina e com o Quelha, um almoço entre os antyigos companheiros da Rádio Sarrafo mas, começo a estar velho e por vezes a paciência já me vai faltando, por isso apelo aos mais novos. E, exijo, como dizia o WQuelha, que tudo isto vá para um livro.
Um abraço para o Rui e para o Quelha.
Lopes Carraço

sexta-feira, março 31, 2006 5:07:00 da tarde  
Blogger Rui Antunes said...

Espectacular !!!

Apesar de me lembrar bem do Quelha e de conhecer o seu percurso na rádio, não tive o previlégio de trabalhar com ele, mas sabendo aquilo que ele fez e olhando para "estórias" como esta digo que o Emissor Regional do Zêzere deve muito a este homem.

Quanto ao almoço, em Agosto na festa de Alviobeira encontrei a Adélia Ribeiro, que fazia com o Quelha o "Banco de Jardim" e ela falou-me disso, disse-me que se estaria a organizar uma almoço para acontecer no fim de semana da festa de Águas Belas, mas a verdade é que não aconteceu.

Troquei nessa altura alguns e-mails com o Quelha mas já há uns meses que não falo com ele, no entanto acho que está mais do que na altura para se organizar esse convivio pelo que irei tomar a iniciativa de falar novamente com o Quelha para tentarmos arranjar uma data !!

Declaro desde já este blog como o local oficial para divulgação da informação sobre o evento.

segunda-feira, abril 03, 2006 11:06:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, fevereiro 20, 2007 10:10:00 da tarde  

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