Estórias de Ferreira

Chamo-me Rui Antunes, sou de Ferreira do Zêzere e gosto de estórias... reais ou imaginárias, estórias da vida, de sucessos ou insucessos, prometo partilhar as minhas, espero pelas vossas...

A minha foto
Nome:
Localização: Odivelas

14.2.06

O velho sótão


Ena... lancei o blog ontem e já tenho comentários, isso é muito bom :)

Faz-me lembrar a primeira vez que abri o microfone, no sotão do Azevedo, quando a rádio era feita com quase nada... uns pratos velhos, que o Carvalheira tinha arranjado que de vez em quando se "passavam" com o calor e faziam com que a voz do artista nem sempre saisse nas melhores condiçõõÕÕõõeeeeEeesss. Uns decks para as cassetes onde se passava a publicidade e quando o "artista" não podia ir, lá ficava a rodar em repeat a cassete nº 4, que rodava.... rodava... rodava... convenhamos que a selecção até nem era má!
Àh e o emissor ? pois... esse estava no sótão própriamente dito, lá a um canto em cima de uns tijolos lá ia comprindo a sua missão, não muito fácil nos dias quentes de verão... mas o que valia ainda era a ventoinha que sempre ligada e convenientemente direccionada para o equipamento de emissão lá garantia a estabilidade da coisa.... se bem que às vezes por "falta de terra" lá se ouvia uma zoada menos agradável, era aí que o Carvalheira aparecia a dizer para "regar o cabo"... sim, o cabo de cobre que estava enterrado lá ao fundo da escada e que afinal servia para fazer a "terra" à instalação...

Foi neste ambiente, de puro amadorismo e muita vontade, com a força que caracteriza a juventude, que a rádio se fazia... e quando o microfone se fechava ficavamos todos, radiantes e com o sentido de dever cumprido e aí só nos restava "abancar" no sofá velho e contar as proezas, as pequenas estórias que fizeram o Rádio Club do Zêzere.

Já agora... reconhecem o "artista" da foto ?

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Foras milhares de horas, todos os minutos e segundos livres, quer em tempo de ferias, mas também depois dos trabalhos na horta lá de casa.
Ainda me lembro uma vez que não havia ninguem pra fazer certa hora e eu lá estava. Tinha um grande problema tinha uma tarefa destinada em casa que nao podia faltar. só tive uma solução, por o disco mais longo que havia...um ao vivo dos pink floid. apontei a agulha...e...
partida, largada, fugida. Pega-se na pasteleira uns 3kms ate casa.
Quando Cheguei a casa , liguei a radio. BREEEEE Azar...o disco nao tinha passado da faixa 2. Tava riscado

terça-feira, fevereiro 14, 2006 5:48:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ora esse da foto não será mais um dos pioneiros da rádio em Ferreira do Zêzere? Armando Cotrim ora pois então! :D

Tenho pena de não ter pertencido a essa geração que numa altura em que não havia nada ou quase nada para um jovem se divertir, resolveu dedicar-se a uma então "carolice" que era a rádio. Realmente esse sotão não foi do meu tempo, por pouco, mas não foi... Contudo reconheço neste texto ainda alguns equipamentos caricatos... como os deck's que por vezes trabalhavam a "xutos e pontapés" e onde se rebobinavam muitas vezes as cassetes com as canetas da biq! Ou a ventoínha, que ainda no meu tempo servia para refrigerar o emissor... :)

terça-feira, fevereiro 14, 2006 5:52:00 da tarde  
Blogger Rui Antunes said...

Por favor, peço que deixem as mensagens assinadas, podem escolher a opção "other" e colocar o nome ou então assinar na própria mensagem.

Obrigado

terça-feira, fevereiro 14, 2006 6:11:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home